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Seu produto de limpeza pode estar repleto de bactérias – e isso é uma ótima notícia para a sua saúde
ABIPLA, entidade que representa os fabricantes de produtos de limpeza, destaca o investimento do setor em microrganismos viáveis, que utilizam bactérias benéficas para melhorar a eficácia e a durabilidade da limpeza.

Foto: Divulgação
Bactérias que limpam? Sim, e elas são as protagonistas de uma das principais inovações no setor de produtos de limpeza. A indústria brasileira está investindo em soluções baseadas em microrganismos viáveis — bactérias benéficas que degradam sujeira, controlam odores e prolongam a higienização de superfícies de forma segura e sustentável. Segundo a ABIPLA (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes), essa tecnologia já é aplicada em hospitais, cozinhas industriais e banheiros públicos, com resultados comprovados.
“Em muitos dos eventos de inovação do setor, o uso de microrganismos viáveis já é um dos temas centrais das apresentações, especialmente, quando formulados com enzimas de última geração. Essas combinações promovem ação contínua e duradoura, e representam um importante ganho para a saúde pública. Não à toa, muitos desses produtos têm sido aplicados em locais de alta demanda sanitária, como hospitais, cozinhas industriais e banheiros públicos, com grande eficácia na higienização prolongada”, diz Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA.
De acordo com Lizandra Moraes, assessora técnica de regulação e sustentabilidade da ABIPLA, na prática, microrganismos viáveis atuam como agentes biológicos ativos em formulações de produtos de limpeza. Quando entram em contato com resíduos orgânicos — como lipídeos, proteínas, carboidratos e outros compostos biodegradáveis — iniciam a biodegradação por meio da secreção de enzimas extracelulares específicas (lipases, proteases, amilases, entre outras), que catalisam a hidrólise desses substratos em moléculas menores, como ácidos graxos, aminoácidos e monossacarídeos.
“Esses produtos de degradação são então assimilados pelos microrganismos e utilizados em seus processos metabólicos, sendo convertidos em metabólitos finais ambientalmente seguros, como dióxido de carbono, água e biomassa microbiana. Além da eficiência na remoção de sujidades orgânicas, essa abordagem proporciona controle de odores e ação residual prolongada, uma vez que os microrganismos permanecem ativos enquanto houver substrato disponível para metabolização”, explica Lizandra.
Com isso, além de maior eficácia e durabilidade da limpeza, esses saneantes acabam gerando menos impactos ambientais, já que os subprodutos gerados são, em grande parte, dotados de excelente biodegradabilidade. “Esse é um dos diferenciais dos saneantes com microrganismos viáveis. Tanto que eles já vêm sendo usados em aplicações mais complexas, como o tratamento biológico de águas residuais, esgoto doméstico e fossas sépticas. Nessas situações, os microrganismos atuam de forma contínua, reduzindo a carga orgânica e facilitando o funcionamento de sistemas de saneamento básico”, diz Engler.
Use apenas produtos homologados
Para o uso seguro desses produtos, no entanto, é preciso que os consumidores adquiram apenas produtos que tenham sido avaliados e homologados pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária e que respeitem todas as informações contidas no rótulo.
“Os produtos liberados para comercialização pela ANVISA são seguros, desde que respeitadas as instruções contidas no rótulo. Mas é preciso esclarecer que os saneantes com microrganismos viáveis são produtos extremamente sofisticados e que só devem ser formulados por empresas com total controle sanitário de suas fórmulas e instalações. Por isso, jamais use produtos que não tenham o selo de análise da ANVISA e nunca misture com outros produtos por conta própria”, diz Engler.
5 motivos para apostar em produtos com microrganismos viáveis
1. Limpeza contínua
Os microrganismos permanecem ativos após a aplicação, degradando resíduos orgânicos por horas ou até dias.
2. Controle natural de odores
Ao quebrar moléculas orgânicas, reduzem odores desagradáveis sem a necessidade de perfumes artificiais.
3. Menor impacto ambiental
Altamente biodegradáveis, os subprodutos do processo são inofensivos e não agridem o meio ambiente.
4. Uso em ambientes críticos
Ideais para hospitais, cozinhas industriais, banheiros públicos e locais com alto risco sanitário.
5. Tecnologia segura e regulada
Quando registrados na Anvisa, os produtos oferecem eficácia comprovada e seguem padrões rigorosos de segurança.
Sobre a ABIPLA
Fundada em 1976, a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA) representa os fabricantes de sabões, detergentes, desengordurantes, produtos de limpeza, polimento e inseticidas, promovendo discussões sobre competitividade, inovação, saúde pública e consumo sustentável. O setor movimenta US$ 7,5 bilhões anuais e responde por, aproximadamente, 93 mil empregos diretos.
Perfil do porta-voz
Paulo Engler é formado em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Mestre em Direito Tributário pela PUC-SP. Ocupou cargos de direção em multinacionais e em associações setoriais de grande porte. Atualmente, é diretor-executivo da ABIPLA.
Informações: Assessoria de Comunicação